Estudo classifica álcool como droga mais prejudicial do que o craque e a heroína
Tradução de Raimundo Santos
Original em inglês: Study: Alcohol 'most harmful drug,' followed by crack and heroin
Londres, Inglaterra (CNN) – O álcool está classificado como a
droga mais prejudicial em uma lista de 20 outras drogas, superando o craque
e a heroína, com relação aos danos potenciais ao próprio usuário e a terceiros.
É o que mostram os resultados de um estudo realizado por um periódico médico
britânico.
Conforme divulgado no jornal The Lancet, um grupo de especialistas
do Independent Scientific Committee on Drugs (Comitê Científico e Independente sobre
Drogas) avaliou os problemas sociais, físicos e psicológicos causados pelas
drogas, e classificaram o álcool como a droga mais prejudicial de todas.
Usando uma graduação para avaliar
danos a usuários de drogas e a terceiros, o álcool recebeu uma pontuação de 72,
em uma escala que vai de 1 a 100, segundo o estudo. O álcool foi comparado a
outras 19 drogas usando 16 critérios: nove relacionados a efeitos adversos que
a droga tem sobre o usuário e sete quanto aos danos a terceiros.
Isto torna o álcool quase três
vezes mais prejudicial do que a cocaína ou o fumo, de acordo com o artigo que
será publicado no website do The Lancet, na segunda-feira e na próxima edição do
periódico científico.
De acordo com o estudo, a
heroína, o craque, a cocaína e a metanfetamina foram as drogas mais prejudiciais
aos usuários. Por outro lado, o álcool, a heroína, o craque e a cocaína foram
os mais prejudicais a terceiros.
No artigo, os pesquisadores explicam que o sistema inglês de classificação de drogas em três níveis, que situa as drogas em diferentes categorias determinantes de penalidades criminais com relação a consumo e tráfico - tem “pouca relação com a evidência do dano”. Os pesquisadores também apontaram que os resultados confirmam outros estudos que mostram que o combate agressivo dos danos causados pelo álcool é uma estratégia de saúde pública válida e necessária.
No artigo, os pesquisadores explicam que o sistema inglês de classificação de drogas em três níveis, que situa as drogas em diferentes categorias determinantes de penalidades criminais com relação a consumo e tráfico - tem “pouca relação com a evidência do dano”. Os pesquisadores também apontaram que os resultados confirmam outros estudos que mostram que o combate agressivo dos danos causados pelo álcool é uma estratégia de saúde pública válida e necessária.
“Portanto, por que certas atividades esportivas perigosas são
permitidas, enquanto drogas relativamente menos prejudiciais não são?” Escreveu
Nutt no periódico de psicofarmacologia. “Acredito que isto reflete uma
abordagem social que não avalia adequadamente os riscos relativos das drogas em
contraposição com os danos causados por elas.”
Mais tarde, Nutt pediu desculpas às
pessoas que se sentiram ofendidas pelo artigo e também àqueles que perderam
entes queridos pelo consumo do ecstasy.
No artigo lançado pelo The Lancet
no domingo, a posição menos prejudicial do ecstasy (9º colocado), apenas mostra
que esta droga é oito vezes menos prejudicial do que o álcool.
No artigo lançado pelo The Lancet no domingo, a posição não tanto prejudicial do ecstasy (9º colocado), apenas mostra que esta droga é oito vezes menos prejudicial do que o álcool.
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