domingo, 15 de agosto de 2010

Explicado "período de calmaria" do sol

Explicado "período de calmaria" do sol

Tradução de Raimundo Santos
Fonte: BBC


Físicos solares podem ter descoberto porque o sol experimentou recentemente um período prolongado de pouca atividade.

O mais recente “mínimo solar” ocorreu em dezembro de 2008.

Sua característica prolongada estendeu a duração total do ultimo ciclo solar – o ciclo de repetição da atividade solar – para 12.6 anos, tornando-o o mais longo em quase 200 anos.

Durante o “mínimo solar”, o sol é menos ativo, produzindo menos manchas solares e protuberâncias.

A nova pesquisa sugere que o inesperado e prolongado período de fraca atividade pode estar relacionado a mudanças na maneira que uma sopa de partículas carregadas chamada plasma circulou o sol.

O estudo realizado pelo Dr. Mausumi Dikpati do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas do Colorado e seus colegas americanos, está publicado no periódico especializado em Pesquisas Geofísicas.

A atividade solar aumenta e diminui em um ciclo que normalmente dura 10.7 anos. Desde que registros precisos se iniciaram em 1755, houve 24 ciclos solares desse tipo.

O vigésimo terceiro ciclo, que terminou em dezembro de 2008, foi mais longo do que o normal, assim como também teve o menor número de manchas solares durante um século. As manchas solares são regiões de intensa atividade magnética que são visíveis como manchas escuras na superfície da estrela.

Correntes de fogo

A nova pesquisa sugere que uma razão para o período prolongado de fraca atividade poderia indicar mudanças no cinturão de fótons do sol.

Semelhante às correntes oceânicas da terra, o cinturão de fótons solar transporta plasma através de sua superfície até o pólo. Alí, o plasma penetra até o coração do sol antes de emergir novamente no equador.

Durante o vigésimo terceiro ciclo, estas correntes de fogo se estenderam para os pólos, enquanto em ciclos anteriores, elas somente se estenderam aproximadamente dois terços do percurso.

O Dr. Roger Ulrich da Universidade da Califórnia, Los Ângeles, co-autor do estudo, disse que as descobertas revelaram a importância de nosso monitoramento do sol.

A equipe de pesquisas utilizou sofisticadas simulações de computador para mostrar como mudanças no transmissor podem ter afetado a duração do ciclo. Eles descobriram que a duração aumentada do cinturão de fótons solar, e sua menor taxa de fluxo de retorno, explicaram o prolongado vigésimo terceiro ciclo.

Entretanto, o físico solar David Hathaway, do Centro de Vôos Espaciais da Nasa, no Alabama, que não estava envolvido no último estudo, argumentou que foi a velocidade, e não a extensão do cinturão de fótons solar que foi relevante.

O cinturão de prótons solar tem se movido a velocidades recordes por mais de cinco anos, explica o Dr. Hathaway. “Acho que isso poderia explicar o incomum profundo mínimo solar.”


Fonte original do texto em inglês: BBC

Traduzido por Raimundo Santos



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores

Pesquisar este blog