sábado, 18 de dezembro de 2010

Em defesa de Pio XII & sua ajuda aos judeus


Em defesa de Pio XII & sua ajuda aos judeus

Artigo traduzido por Raimundo Santos

Original em inglês aqui: In defense of Pope Pius XII and his aid to the jews


Pelo Rabino David Dalin

Pio XII salvou mais judeus do que Schindler, afirma o historiador Rabino David Dalin


Rimini, Itália - 28 de Agosto de 2001: O que o Rabino David Dalin pensa do Papa Pio XII?

"Os judeus não tiveram um amigo maior no século XX", argumenta o historiador.


De acordo com o Rabino Dalin, que em 22 de Agosto palestrou no encontro organizado pelo movimento Católico Comunhão e Libertação, "durante a Segunda Guerra Mundial, Pio XII salvou mais judeus do que qualquer outra pessoa, incluindo Raoul Wallenberg e Oscar Schindler."


Pergunta: O senhor chamou os historiadores que criticaram o Papa Pio XII de revisionistas. Por que?


Rabino Dalin: Existe hoje uma nova geração de jornalistas e especialistas determinados a desacreditarem os esforços documentados de Pio XII para salvar judeus durante o Holocausto. Esta geração é inspirada pela peça "O Vigário" de Rolf Hochhuth, que não tem nenhum valor histórico, mas levanta acusações controversas contra este Papa. Entretanto, os acusadores de Eugenio Pacelli ignoram ou negligenciam o estudo iluminado de Pinches Lapide.

[Lapide] foi consul geral de Israel em Milão e encontrou-se com muitos judeus italianos que sobreviveram ao Holocausto. Neste trabalho, Lapide registra como Pio XII se esforçou para salvar pelo menos 700.000 judeus das mãos dos nazistas. Entretanto, de acordo com outra estimativa, este número chega a 860.000.

P: Por que, então, tem havido desinformação quanto a isso?

Rabino Dalin: Eu chamo de revisionistas aos críticos de hoje pois eles invertem o julgamento histórico, nominadamente o reconhecimento dado a Pio XII por seus contemporâneos tais como, o Prêmio Nobel (Albert Einstein, Rabino Isaac Herzog de Israel, a Primeira Ministra Golda Meir e Moshe Sharett; e na Itália, pessoas como Raffaele Cantoni, que na época, era presidente da União Italiana de Comunidades Judaicas. Mas muitos artigos publicados em diferentes épocas, o Boston's Jewish Advocate, The Times of London, e The New York Times também podem ser examinados.

P: O que o Papa Pacelli fez para os judeus?

Rabino Dalin: Temos muitos documentos que mostram que, de forma alguma, ele se manteve em silêncio. Pelo contrário, ele manifestou-se contra Hitler e quase todos viram-no como um oponente ao regime nazista. Durante a ocupação de Roma pela Alemanha, Pio XII, secretamente, instruiu os clérigos Católicos a usarem todos os meios para salvar o maior número possível de vidas humanas.
Assim, ele salvou milhares de judeus italianos da deportação. Enquanto 80% de judeus europeus morreram naqueles anos, 80% de judeus italianos foram salvos. Somente em Roma, 155 conventos e monastérios  deram refúgio a pelo menos 5.000 judeus. Continuamente, pelo menos 3.000 eram salvos na residência papal de Castelo Gandolfo, deixando de serem deportados para os campos de concentrações alemães.
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Temos evidências de que, enquanto o Bispo de Munster desejava ele mesmo se pronunciar contra a perseguição dos judeus na Alemanha, os líderes das comunidades judaicas de sua diocese imploraram a ele para não fazê-lo, pois isso levaria a mais repressão ainda.

Contra o...
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Por nove meses, 60 judeus viveram com jesuítas na Universidade Pontifícia Gregoriana, e muitos outros foram escondidos no porão do Insituto Bíblico. Seguindo as instruções de Pio XII, arriscando suas vidas, muitos padres e monges fizeram o possível para salvarem milhares de vidas judaicas.

P: Mas o Papa nunca denuncou publicamente as leis anti-semiticas e a perseguição dos judeus.

Rabino Dalin: Seu silêncio foi uma efetiva estratégia direcionada a proteger o maior número possível de judeus de serem deportados. Uma denúncia explícita e severa dos nazistas pelo Papa teria sido um convite para retaliações, e teria agravado as atitudes contra os judeus na Europa.

Naturalmente alguém poderá questionar: O que poderia ter sido pior do que o extermínio de 6 millhões de judeus? A resposta é simples e terrivelmente honesta: a matança de centenas de milhares de outros judeus. Os críticos revisionistas de Pio XII sabem que tanto os líderes judeus quanto o bispos Católicos que vieram de países ocupados aconselharam Pacelli a não protestar publicamente contra as atrocidades comitidas pelos nazistas.

Q: O Senhor não acha que a excomunhão dos nazistas teria ajudado?

Rabbi Dalin: Sim, Eu gostaria de pensar assim, e no fundo, eu acho que pelo menos deveria ter havido uma tentativa de pronunciar uma excomunhão papal. Entretanto, apesar destes sentimentos, os documentos segerem que a excomunhão de Hitler teria sido meramente um ato simbólico.

P: Isso não teria sido melhor do que o silêncio?

Rabino Dalin: Pelo contrário. A história ensina que uma excomunhão formal poderia ter levado ao resultado oposto. O padre Luigi Sturzo e o antigo rabino da Dinamarca, por exemplo, temiam exatamente isso. Os próprios nazistas interpretaram o pronunciamento do Natal de 1942 por Pio XII como uma clara condenação ao seu regime e um ato em favor dos judeus da Europa. A ira entre os nazistas poderia ter levado a reações catastróficas para a segurança e integridade do próprio papado nos anos posteriores da guerra.

Uma condenação papal ao nazismo implicaria na suspeita bem fundamentada e clara na época, e Hitler teria buscado vingança contra a pessoa do próprio Papa, atacando o Vaticano. Rudolph Rahn, o embaixador nazista em Roma, confirmou a existência destes planos, que ele mesmo ajudou a elaborar.

P: Na sua obra, o senhor propõe uma nova historiografia escrita por judeus sobre o "caso de Pio XII." O que o senhor quer dizer?

Rabbi Dalin: Penso que chegou a hora do lado judaico reconstruir a relação entre Pio XII e o Holocausto. Esta reconstrução, mais próxima aos fatos, nomeadamente, sobre o que Pio XII realmente fez para os judeus, levaria a conclusões absolutamente opostas ao que escreveu John Cornwell em seu livro, o Papa de Hitler.

Pio XII não era o Papa de Hitler, mas o maior defensor que nós, judeus, jamais tivemos e, precisamente na época que necessitávamos.

Esta nova obra de historiografia deveria ser baseada no julgamento de que seus contemporâneos fizeram dos esforços, sucessos e fracassos de Pio XII, assim como também a forma como os judeus que sobreviveram ao Holocausto avaliaram [ou reavaliaram] sua vida e influência nas décadas seguintes.

O Papa Pacelli foi justo entre as nações, reconhecido por ter protegido e salvado centenas de milhares de judeus. É difícil imaginar que tantos lideres mundiais judaicos, em continentes tão diferentes, pudessem ter se enganado ou se confundido quando louvaram a conduta do Papa durante a guerra. A gratidão deles a Pio XII foi duradoura, sincera e profunda.


[Original em italiano; Tradução de ZENIT]

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"A Igreja Católica foi a única a levantar sua voz contra o ataque de Hitler à liberdade. Até aquele período a Igreja nunca tinha atraído minha atenção, mas hoje, eu expresso minha grande admiração e meu profundo respeito à esta Igreja que, sozinha, teve a enorme coragem de lutar pela liberdade moral e espiritual",--

Ensaios de Albert Einstein (ele próprio um judeu)






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- CATHOLIC APOLOGETICS -







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