By Michelle Roberts
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Artigo traduzido por Raimundo Santos
Original em inglês: BBC

Espera-se que a terapia com células-tronco possa ser utilizadas para combater muitas doenças
Médicos americanos iniciaram os primeiros testes oficiais com uso de células embrionárias humanas em pacientes após sinal verde dos órgãos reguladores.
A Administração de Drogas e Alimentos concedeu licença a Geron para utilizar as controversas células no tratamento de pessoas com lesões na espinha.
As células têm o potencial para se tornarem muitos dos diferentes tipos celulares encontrados no corpo, incluindo células nervosas.
Os testes realizados em um hospital de Atlanta avaliarão se o tratamento é saudável.
Pesquisa essencial
Geron, uma empresa de biotécnologia situada no "vale do silicone", ao sul de São Francisco, gastou $ 170m (cento e setenta milhões de dólares) no desenvolvimento do tratamento de célula tronco para os casos de lesão na espinha dorsal.
A pesquisa utilizará células induzidas para se tornarem células nervosas, que serão injetadas na espinha dorsal.
Em testes realizados em animais, ratos paralisados readquiriram movimento.
Mas ainda não se sabe se terá o mesmo efeito em pessoas com lesão na espinha dorsal.
Todo ano, aproximadamente 12.000 pessoas nos Estados Unidos sofrem lesões na espinha dorsal. As causas mais comuns são acidentes automobilísticos, quedas, ferimentos à bala e lesões esportivas.
No teste, os pacientes que tiverem sido lesionados nos últimos 14 dias, receberão o tratamento experimental com célula tronco.
O presidente da Geron, Dr. Thomas Okama, disse: "Quando começamos a trabalhar com células embrionárias humanas em 1999, muitos pensavam que levaria décadas antes que um tratamento celular fosse aprovado para testes clínicos em humanos.
"Este avanço resulta de extensa pesquisa e desenvolvimento, bem como uma série de passos criativos."
Mas levará algum tempo para se ter resultados.
E ainda serão muitos anos de rigorosos testes até que se comprove se o tratamento é seguro e efetivo.
O professor Sir Ian Wilmut, diretor do Centro do Conselho de Pesquisas Médicas Para a Medicina Regenerativa da Universidade de Edimburgo, disse: "Essas são notícias muito animadoras, entretanto, é muito importante deixar claro que o objetivo dos testes neste estágio é, primeiramente, confirmar se não há dano físico para os pacientes, ao invés de se focar os benefícios.
"Uma vez que se confirme, então o foco será dado ao desenvolvimento e avaliação do novo tratamento."
Ben Sykes, diretor executivo da Rede de Célula Tronco Nacional do Reino Unido, explicou: "Este é, sem dúvida, um marco significativo rumo à promessa de medicamentos à base de célula-tronco.
"A comunidade internacional de medicina regenerativa a partir de célula-tronco estará aguardando muito antecipadamente os resultado deste teste de segurança."
O professor Chris Mason, um especialista em medicina regenerativa da Universidade College London, informou que os pesquisadores do Reino Unido esperam seguir à risca e começarão os testes no próximo ano, com um tratamento de célula tronco para degeneração macular relacionada à idade - principal causa de cegueira.
Artigo traduzido por Raimundo Santos
Original em inglês: BBC
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